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Proibido pela Anvisa, técnica ainda é muito procurada por pessoas que buscam um bronzeado perfeito; procedimento pode causar câncer e envelhecimento precoce


Bastante procurado por pessoas que buscam finalidade estética, principalmente no início do ano por conta do verão, o bronzeamento artificial é proibido pela Anvisa desde 2009 (resolução 56/09) por conta da exposição às radiações ultravioletas, que aumentam o risco de câncer de pele, envelhecimento precoce (manchas, flacidez, rugas), surgimento de lesões pré-malignas na pele e até mesmo queimaduras.


A maior parte das pessoas que aderem a esse processo são as mulheres, sendo que muitas delas ainda acreditam que o procedimento é seguro.


As câmaras de bronzeamento artificial podem ocasionar o câncer de pele melanoma ? surgimento de uma pinta anormal irregular na pele, geralmente acastanhada ou castanho-enegrecida, ou mudanças em pintas já existentes. O tratamento é cirúrgico e, em casos mais avançados, pode ser necessário o tratamento adjuvante com quimioterapia.  


Mais de 150 mil casos de câncer de pele por ano no Brasil são diagnosticados ? mais comum em pessoas de 25 a 29 anos. 



Câncer de pele melanoma


Este tipo de câncer de pele é considerado um dos mais agressivos por conta da grande probabilidade de se espalhar para outros órgãos e tecidos (metástase), e é mais frequente em pessoas de pele clara. Em quem tem pele negra, costuma aparecer nas palmas das mãos ou plantas dos pés e não tem tanta relação com a exposição solar. 


O tipo melanoma representa 3% das neoplasias malignas no Brasil, sendo que o câncer de pele corresponde a 30% dos cânceres malignos.


Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que em 2022 houve 8.980 casos registrados no país ? 4.640 homens e 4.340 mulheres. Números do Atlas de Mortalidade por Câncer de 2020 informam que 1.923 pessoas morreram pela doença, sendo 1.120 do sexo masculino e 803 do sexo feminino.


Internacionalmente, sinais sugestivos de tumor de pele do tipo melanoma são adotados didaticamente em uma regra ?ABCDE?, que é assim definida:

Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra;

Bordas irregulares: contorno mal definido;

Cor variável: diversas colorações numa mesma lesão ? preta, avermelhada, castanha, branca ou azul;

Diâmetro: maior do que 6 milímetros;

Evolução: mudanças em suas características, como cor, forma e tamanho.


Evite exposições prolongadas ao sol ? principalmente das 10h às 16h - e câmaras de bronzeamento artificial. Caso tenha histórico da doença na família, fique atento e faça exames de pele regularmente com o médico dermatologista.


Recomendações para o dia a dia: use protetor solar adequado ? com fator de proteção (FPS) mínimo de 30 (de acordo com Sociedade Brasileira de Dermatologia) -, óculos escuros que tenham proteção UV, filtro solar próprio para os lábios, bonés, chapéus e outros objetos como proteção.

 

Quais as alternativas para "bronzear"?


Autobronzeadores e bronzeamentos a jato (jet bronze) são alternativas que não prejudicam a saúde, mas podem causar alergia em pacientes suscetíveis.


Autobronzeadores: técnica que utiliza substâncias químicas, como por exemplo a Dihidroxiacetona (DHA), que reagem sobre as células mais superficiais da pele a partir dos aminoácidos e produzem melanoidina no lugar de melanina. Pode ser aplicado uma vez por semana.


Bronzeamento a jato (jet bronze): a aplicação da substância química ?bronzeadora? se dá por meio de uma pistola de ar que é conectada a um compressor portátil distribuindo o produto - DHA e Eritrulose - de forma muito mais homogênea na pele e deixando o bronzeado sem manchas.


Antes dos processos de autobronzeamento, seja por autobronzeadores ou por jet bronze, recomenda-se esfoliar suavemente os locais antes para que o resultado seja mais duradouro e homogêneo, podendo ser feito semanalmente.


??A prevenção e o diagnóstico do câncer de pele são fundamentais. Converse com o seu dermatologista.